segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Curso On-Line de Tarot de Thoth



Estaremos iniciando no próximo mês de Janeiro, todas as terças feiras às 20h. Uma nova turma de Tarot de Thoth, com duração de um ano, onde estudaremos a fundo os 78 Arcanos, fazendo a comparação entre o Tarot de Marselha, Golden Dawn (original) e Crowley.

A mensalidade é de R$ 250,00, através de depósito bancário.

Para maiores informações, escrever para: institutoaleistercrowley@hotmail.com

A Sorte e o Destino


Como lidar com o livre arbítrio e como utilizá-lo para se atingir o nosso Destino.

Um mundo que até então estava fadado a uma ordem imutável, passou a ter uma série de exceções, ou seja, toda regra passou a ter um desequilíbrio, que mesmo sem colocar em risco o Destino, criou ordálios no caminho do Destino. Toda a humanidade estaria, de agora em diante, à mercê de uma Sorte, isto é, de um livre arbítrio que não influenciaria na realização final do Destino. Esta Sorte pode ou não prejudicar o tempo necessário para a realização do Destino.

Este estado de coisas levou a necessidade de diferenciar entre Sorte e Destino. As promulgações de Enlil, e às vezes inclusive de Anu, que sempre tinham sido indisputáveis, viam-se sujeitas agora ao exame da diferença entre o NAM (o Destino, como as órbitas planetárias, cujo curso está determinado e não se pode trocar) e NAM.TAR, literalmente, o destino que pode ser torcido, quebrado, trocado (que era a Sorte ou o Fado). Revisando e rememorando a sequência dos acontecimentos, e o paralelismo aparente entre o que tinha acontecido no Nibiru e o que tinha ocorrido na Terra, Enki e Enlil começaram a ponderar filosoficamente o que, certamente, estava destinado e não se podia evitar, e o fado que vinha como consequência de decisões acertadas ou equivocadas e do livre arbítrio. Estas não se podiam predizer, enquanto que as primeiras se podiam antecipar (especialmente, se eram cíclicas, como as órbitas planetárias; se o que foi voltaria a ser, se o Primeiro também seria o Último).” - O 12º Planeta, Z. Sitchin

O Destino nada mais é do que uma realização cósmica, com a qual a Verdadeira Vontade se encontra em perfeita harmonia; enquanto que a Sorte está diretamente relacionada a uma realização terrena, subordinada aos desejos humanos. Os seres humanos buscaram o controle sobre seus Destinos e tudo o que eles conseguiram foi a manipulação de suas Sortes, o que na maioria das vezes acaba por atrasar a realização daquele primeiro. Não devemos pensar que o livre arbítrio seja algo em si completamente prejudicial à existência, este é importante para mostrar para a humanidade que a manipulação constante da Sorte é uma das causas do Sofrimento humano. Sem a compreensão das causas que levam ao Sofrimento não se tem como criar uma harmonia com o mesmo. Poderíamos dizer, no entanto, que o exercício do livre arbítrio é o que criou o estado de caos na existência, uma vez que o universo busca se manter em um estado de ordenação. O livre arbítrio gerou o desequilíbrio, mas este é também necessário para a evolução da humanidade como um todo. O objetivo final é, sem qualquer sombra de dúvida, o cumprimento do Destino, aquilo do qual nenhum ser humano ou qualquer coisa existente consegue fugir. O Destino é o que fez tudo ser como é, que jogou ao espaço a criação para que esta pudesse retornar ao seu princípio após ter ido ao final de todas as coisas: é como um bumerangue que vai até um ponto distante e retorna ao seu ponto inicial de lançamento. Pode alguma coisa escapar do seu Destino? Não. Se isto acontecesse com qualquer coisa, por menor que esta fosse, o Universo deixaria de ser o que ele é. Pequenas exceções são permitidas; regras podem ser quebradas desde que não afetem a essência das próprias regras. Assim, o universo pode se manter em harmonia e exercer continuamente esta harmonia.

Uma Pequena Introdução ao Tarot



Certamente que o estudo do Tarot não é algo exclusivo da “iniciação esotérica” e o mesmo pode e deve ser estudado por qualquer pessoa. Apesar que a sua perfeita compreensão só possa ser atingida através de uma percepção iniciática, o Tarot pode ser compreendido por qualquer pessoa, possibilitando-a a utilizar o mesmo como um conselheiro fiel e preciso.

Quando o Tarot “surge” no século XIV era algo apenas disponível para aqueles nobres e burgueses que podiam pagar para terem os seus próprios baralhos, que eram produzidos manualmente sob encomenda. No entanto, era perceptível que os 78 arcanos eram muito mais antigos e um dos exemplos era o arcano da Papisa (ou a Sacerdotisa), uma vez que o mito da existência de uma papisa remonta aos primeiros séculos do cristianismo e do período medieval. Os termos Imperador e Imperatriz são medievais e os primeiros baralhos que se conhecem são, o baralho de Marseille (francês) e o baralho de Visconti-Sforza (italiano), e ambos são nitidamente baralhos medievais.

Apesar do primeiro relato histórico se referir à França, sabemos que foi na Itália que o Tarot foi inicialmente estudado e desenvolvido os primeiros conceitos onde se relaciona os arcanos com magia, alquimia e, até mesmo, com a Cabala (judaica). O Tarot é certamente um instrumento totalmente desenvolvido no mundo ocidental, onde o inconsciente ocidental se manifesta em toda a sua profundidade. Foi na Itália, mais precisamente na Renascença e na cidade de Florença, que o Tarot se vale de todo o florescimento do pensamento grego clássico. O movimento hermético neoplatônico que teve início na Academia dos Médicis, em Florença, desafiou as crenças sagradas da época, desafiava as antigas concepções medievais e aproximava ainda mais o ser humano de Deus.

Este instrumento, que se manifestou pela primeira vez na Idade Média, teve no Renascimento um impulso que não cessaria até os dias atuais. O movimento hermético neoplatônico que acredita que dentro do microcosmo existe um macrocosmo e vice versa, desta maneira o autoconhecimento e o conhecimento do mundo se tornam acessíveis à todos os seres humanos, moldou e ainda molda o pensamento do Tarot.

O autoconhecimento empurrou os 78 arcanos para uma experiência psicológica, enquanto que o conhecimento do mundo e do universo empurrou para a agregação de diversas outras ciências. Para que isto pudesse ter se tornado tão grandioso como contemplamos atualmente, o Tarot tinha de ser desde de sempre um instrumento, oferecido à humanidade, de carácter amoral e puro. É um livro de imagens que cada um pode preencher com suas próprias ideias e pensamentos, que nem sempre podem estar corretas e quem nem sempre estarão completamente erradas, mas, certamente, em desenvolvimento constante.

Cada baralho, de acordo com as imagens e símbolos que são ali colocadas por cada autor (desenhista) conta a mesma história a partir de um determinado ponto de vista, de um determinado amadurecimento e conhecimento, ou, mesmo, de uma Sabedoria. São milhares de ponto de vista particulares e nestes podemos encontrar a Sabedoria. Parábolas místicas, culturais e históricas, sociológicas, psicológicas, mágicas, mas todas profundamente humanas.

As cartas, os trunfos, não são em si mágicas, somos nós que a fazemos se tornarem mágicas, a partir do momento que compreendemos o que elas estão querendo nos ensinar. São meras lâminas desenhadas belamente, mas que têm a capacidade de nos levarem à profundos transes e mergulhos tão profundos em nós mesmos que jamais retornamos à superfície. Inicialmente, as lâminas são como meros espelhos, mas depois elas se tornam em portas que uma vez ultrapassadas, suas chaves são perdidas e não há mais retorno. Elas que inicialmente geravam meros insights, passam a conversar abertamente conosco.

OS AMANTES

O arcano dos Amantes, nos primeiros Tarôs, representa o Cavaleiro que recebe a mão da filha do Rei em casamento, após algum feito extraordin...