segunda-feira, 28 de outubro de 2019

A Sorte e o Destino


Como lidar com o livre arbítrio e como utilizá-lo para se atingir o nosso Destino.

Um mundo que até então estava fadado a uma ordem imutável, passou a ter uma série de exceções, ou seja, toda regra passou a ter um desequilíbrio, que mesmo sem colocar em risco o Destino, criou ordálios no caminho do Destino. Toda a humanidade estaria, de agora em diante, à mercê de uma Sorte, isto é, de um livre arbítrio que não influenciaria na realização final do Destino. Esta Sorte pode ou não prejudicar o tempo necessário para a realização do Destino.

Este estado de coisas levou a necessidade de diferenciar entre Sorte e Destino. As promulgações de Enlil, e às vezes inclusive de Anu, que sempre tinham sido indisputáveis, viam-se sujeitas agora ao exame da diferença entre o NAM (o Destino, como as órbitas planetárias, cujo curso está determinado e não se pode trocar) e NAM.TAR, literalmente, o destino que pode ser torcido, quebrado, trocado (que era a Sorte ou o Fado). Revisando e rememorando a sequência dos acontecimentos, e o paralelismo aparente entre o que tinha acontecido no Nibiru e o que tinha ocorrido na Terra, Enki e Enlil começaram a ponderar filosoficamente o que, certamente, estava destinado e não se podia evitar, e o fado que vinha como consequência de decisões acertadas ou equivocadas e do livre arbítrio. Estas não se podiam predizer, enquanto que as primeiras se podiam antecipar (especialmente, se eram cíclicas, como as órbitas planetárias; se o que foi voltaria a ser, se o Primeiro também seria o Último).” - O 12º Planeta, Z. Sitchin

O Destino nada mais é do que uma realização cósmica, com a qual a Verdadeira Vontade se encontra em perfeita harmonia; enquanto que a Sorte está diretamente relacionada a uma realização terrena, subordinada aos desejos humanos. Os seres humanos buscaram o controle sobre seus Destinos e tudo o que eles conseguiram foi a manipulação de suas Sortes, o que na maioria das vezes acaba por atrasar a realização daquele primeiro. Não devemos pensar que o livre arbítrio seja algo em si completamente prejudicial à existência, este é importante para mostrar para a humanidade que a manipulação constante da Sorte é uma das causas do Sofrimento humano. Sem a compreensão das causas que levam ao Sofrimento não se tem como criar uma harmonia com o mesmo. Poderíamos dizer, no entanto, que o exercício do livre arbítrio é o que criou o estado de caos na existência, uma vez que o universo busca se manter em um estado de ordenação. O livre arbítrio gerou o desequilíbrio, mas este é também necessário para a evolução da humanidade como um todo. O objetivo final é, sem qualquer sombra de dúvida, o cumprimento do Destino, aquilo do qual nenhum ser humano ou qualquer coisa existente consegue fugir. O Destino é o que fez tudo ser como é, que jogou ao espaço a criação para que esta pudesse retornar ao seu princípio após ter ido ao final de todas as coisas: é como um bumerangue que vai até um ponto distante e retorna ao seu ponto inicial de lançamento. Pode alguma coisa escapar do seu Destino? Não. Se isto acontecesse com qualquer coisa, por menor que esta fosse, o Universo deixaria de ser o que ele é. Pequenas exceções são permitidas; regras podem ser quebradas desde que não afetem a essência das próprias regras. Assim, o universo pode se manter em harmonia e exercer continuamente esta harmonia.

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